Por Redação Cavalus6 de abril de 2019
Circuito irá acontecer no Rancho Mombuca e contará com quatro etapas
“É histórico! A humanidade tem dificuldade em seguir regras e costuma ser resistente a qualquer mudança, mesmo que elas sirvam para melhorar e ajudar na evolução, seja da maneira que for. As pessoas preferem dar um jeitinho, seguir pelo caminho mais fácil e correr os riscos até mesmo da punição mais temida, que é a proibição”, declarou Maria Duprat, do Rancho Mombuca.
Em post no Instagram, a jornalista comenta sobre todas as tentativas de regularizar, melhorar e organizar campeonatos da modalidade Laço em Dupla. As pessoas que encabeçam essas situações, segundo ela, são as que mais sofrem as consequências. “Mas sabem que, mais cedo ou mais tarde, os mais ‘resistentes’, uma hora terão que se adequar ou então estarão contribuindo para o fim de competição da qual muitos dependem”.
Com o lançamento do 1° Campeonato Sudoeste de Laço em Dupla, que aconteceu dia 30 de março, no Rancho Mombuca, em Itatiba/SP, Maria ainda posiciona que “se não houver união, organização e medidas que beneficiem, tanto os competidores, como os organizadores e, principalmente, os animais, o futuro não dará, infelizmente, muitas chances!”.
E ela encerra sua publicação parabenizando o irmão, João Duprat, pela iniciativa e “por sempre estar lutando pelo esporte que ama e não desista nunca!”. Aí você me pergunta: o que tem a ver começar a matéria falando do que a Maria publicou em seu Instagram?’. Eu te respondo: Tudo a ver! E não é só porque ela já competiu, é proprietária, junto com a família, de cavalos e do rancho há 30 anos, vive de perto a realidade da modalidade através do trabalho do irmão, mas porque ela está certa!
Os esportes equestres, em especial o Laço em Dupla, sofrem ataques de todos os lados, de pessoas que querem acabar com a modalidade a todo custo. União e pessoas que não desistem e seguem pelo caminho correto são alguns dos ingredientes que farão a mistura para que o nosso lado vença. Com a estreia do CSLD, não só a modalidade ganha um reforço, como a região se fortalece.
“Montei o CSLD para fortalecer a nossa região – Itatiba, Jundiai e demais cidades do entorno. Para nós que laçamos e moramos por aqui, as melhores provas são longe. CPLD, CPTR, Revolution, CCTOP, CVLD, entre outras, geram um gasto alto por conta da distância. Fazia tempo que eu estava pensando em um formato bacana aqui pra nossa região e agora lancei. Também espero que os laçadores passem a nos prestigiar e consigam ver o custo/benefício de uma prova organizada pelo da casa deles”, reforça João Duprat.
João conta com a ajuda do amigo de longa data e também laçador Miguel Zambon. Além de laçar, Miguel tem uma empresa de organização de eventos, a MZ Eventos Equestres, e entrou de cabeça com João nessa. “A pista coberta do Mombuca é um atrativo e com certeza, revolucionou a região. Queremos ver o laço evoluir por aqui, com provas de boa qualidade e ótima premiação”, reitera Miguel.
Os amigos lembram que para que a prova seja atrativa para os laçadores, eles trabalham com a margem de lucro apertada. “Não temos ainda grandes criadores e proprietárias, ou empresas na região, que topem patrocinar. Então, se der prejuízo, nós tiramos do nosso bolso, mas mantemos um formato que valha a pena o laçador vir na prova”, conta Miguel.
Do arrecadado no total de inscrições, 30% é retido pela organização, para custos e premiação da final, e o restante vai para a premiação da etapa, divididos em porcentagem previamente divulgada. “Dessa forma, quanto mais inscrições tivermos, maior será o montante de prêmios que vamos oferecer. Então, queremos que o pessoal daqui comece e escolher a nossa prova, sabendo que pode ganhar bem sem ter que viajar para longe”.
Como as inscrições são limitadas por laçador para cada categoria, não corre-se o risco da prova entrar madrugada a dentro. Isso é um fator positivo. Juntando isso a expertise em eventos de Laço em Dupla de João e Miguel, mesmo que o número de inscritos seja alto, fazendo somar maior premiação no geral, a prova é tocada de forma rápida e organizada.
E eles estão fazendo de tudo para que todo mundo se sinta em casa e leve a família. Nessa primeira etapa houve uma abertura emocionante, com uma Ave-Maria a capela, as crianças entrando com a imagem de Nossa Senhora, e os cavaleiros perfilados dentro da pista. “Foi uma prova muito boa mesmo, pessoal gostou muito, ouvimos elogios, e esperamos todos nas próximas etapas”, concluiu João.
São três categorias em disputa, premiação por etapa e ainda uma premiação final para o Melhor Cabeceiro e Melhor Peseiro de cada Somatória; e ainda uma premiação extra para o Melhor Laçador no geral, o que acumular o maior número de premiação ao longo do campeonato. Estão sendo angariados brindes dos mais diversos, desde selas, fivelas, botas, camisetas, bonés, entre outros.
Campeões: #2 e #4 – Jo Rio e Edgar Pires – 7s05; #6 e #7 – Tuff Pacheco e Tu de Souza – 5s94; #8 e #12 – Juninho Positel e Cassiano – 6s79. Jo Rio e Edgar lideram o ranking da #2 e #4; Tuff e Tu lideram o da #6 e #7; enquanto Juninho e João Duprat largaram na frente na #8 e #12. No ranking geral, Edgar Pires lidera no momento, com R$ 6.468,00. Resultados completos: MZ Eventos Equestres.
A família Duprat é um legado para o cavalo Quarto de Milha, há mais de 30 anos no meio. O Rancho Mombuca, além de abrigar cavalos em treinamento e provas, também é um restaurante de comida regional, com algumas noites de música sertaneja ao vivo. Respiram 24 horas o mundo equestre e são de importância fundamental par ao fomento do cavalo, não só na região deles. Seu Zé, dona Ana, Maria, João, Julia e agora os netos/filhos são a estrutura do local.
A segunda etapa será dia 11 de maio, no Rancho Mombuca. Fiquem atentos às informações e novidades através do @csld_teamroping.
Por Luciana Omena
Fotos: Cedidas