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A história do campeão mundial Charlie Sampson

    Consagrado na Professional Rodeo Cowboys Association, entrou para o Hall of Fame em 1996

    Charles Sampson talvez seja um dos nomes mais improváveis a estar na galeria da fama do rodeio mundial. Cresceu em um bairro pobre de Watts, Los Angeles. Embora tenha ganhado fama como atleta de montaria em touros, o laço em dupla sempre fez parte da sua vida e da sua carreira desde o começo.

    Campeão mundial de montaria em touros pela PRCA em 1982, com dez NFR’s no currículo entre 1981 e 1993, Sampson tem 61 anos agora, mora na Pennsylvania com a noiva Connie. E ainda é apaixonado pelo laço. Foram 16 anos ao todo como bullrider. Tudo começou com ele montando em pôneis e bois, quando alguns amigos já peões o ajudaram a começar a carreira no rodeio. Virou ídolo logo por ser talentoso e carismático ao mesmo tempo.

    Logo depois do título, em 1983, sofreu uma séria lesão na cabeça durante o Presidential Command Performance Rodeo. O médico disse que ele se recuperaria e poderia voltar a montar, mas teria que tomar mais cuidado. Ele passou a usar um capacete de lacrosse (esporte popular nos Estados Unidos que se joga com um taco).

    Inclusive, ele só pôde se apresentar na NFR daquele ano com essa proteção no rosto. Ao longo da carreira como atleta de montaria em touro, venceu o Turquoise Circuit em 1985, 1986 e 1993, o Sierra Circuit em 1984, um round bônus em Calgary duas vezes, o George Paul Memorial, os rodeios de Pendleton e Salinas. Se aposentou em 1994 depois da final do Dodge National Circuit.

    Tudo isso é incomum para uma pessoa da região que ele nasceu. Mas como trabalhava para um estábulo, onde as pessoas também alugavam cavalos, entrou para o meio. “Toda criança quer ser um cowboy, eu também queria. Guardei tudo que ganhava nesse trabalho para comprar meu primeiro chapéu de cowboy quando tinha 11 ou 12 anos. ]E acabei conhecendo pessoas que me deixavam montar”.

    Meio que sem pensar, foi seguindo para a montaria em touros, sempre convivendo com laçadores no estábulo que trabalhava, El Fig Riding Stable. Enquanto o pessoal treinava para laço ou bulldog, ele montava nos bois maiores. Também aquecia os cavalos dos outros rapazes. Gene Smith foi um grande incentivador seu, assim como Tommy Cloud, seu patrão, e Johnny Ashby. Os três são exemplo para ele até hoje.

    Quando chegou ao título mundial, estava em ótima forma, ganhando sempre os maiores rodeios da época. Alguns anos depois, ainda continuava entre os melhores, mas um dia soube que precisava se aposentar das arenas. Com isso, acabou entrando para o team roping em tempo integral. “Johnny Ashby laçava e passou a me levar com ele para as provas. Eu era seu segundo parceiro, aquecia os cavalos para ele e também laçava”.

    Na maior parte das vezes, atua como cabeceiro, é a posição que ele mais gosta. Chegou a laçar em muitos rodeios com vários parceiros. Nos tempos de hoje, ele ainda laça. Está se recuperando de uma cirurgia em seu ombro do braço que usa para girar a corda. Treina com um cavalo de 13 anos chamado Stormy. “Finalmente tenho o melhor cavalo do mundo para mim”. Enquanto vê os netos crescendo, ele gosta de assistir Clay O’Brien Cooper laçar.

    Por Kendra Santos/Team Roping Journal
    Tradução e adaptação: Luciana Omena
    Foto: David Jennings
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