Quanto mais adrenalina melhor, certo? E que tal um sistema de mata-mata para elevar ainda mais o nível da competição?
A expressão ‘mata-mata’ é comumente usada no futebol e quer dizer que o formato da competição é eliminatório. Perdeu está fora. No rodeio, o Iron Cowboy da Professional Bull Riders também acontece nessa linha. A adrenalina é certa nesses casos e a prova fica muito mais interessante. Em abril, durante o I Socorro Horse Festival, foi realizado o 1° Iron Roper no Brasil.
Iron = ferro; Roper = laço. Podemos dizer que foi uma competição para laçadores com nervos de aço, porque haja sangue frio para não errar nenhuma corda e chegar à final! O formato aconteceu assim: dez duplas foram convidadas e, por sorteio, foram feitos os cinco primeiros chaveamentos. Nessa primeira fase, cada dupla teve direito a laçar cinco bois. A melhor média garantiu vaga diretamente na final e as quatro outras melhores médias avançaram para a segunda fase.
Nessa segunda fase, a semifinal, todos os tempos anteriores foram desconsiderados, começando tudo do zero. Dois novos chaveamentos feitos por sorteio entre as quatro duplas, que tiveram direito a cinco bois novamente. A dupla com melhor média em cada uma das disputas avançou para a final, que teve novamente os tempos zerados. Na final, correu cada dupla classificada e mais aquela que tinha feito a melhor média da primeira fase. Cada uma teve direito a correr mais três bois para definir o resultado final.
Duplas convidadas: Pepe e Luis Soares, Marquinho Moraes e Miguel Zambon, Diogo Campos e Agenor, Leonardo Batistela e Cirilo, Alemão Sumaré e Pescoço, Elieser Câmara e Henrique Pisciota, Sorriso e João Duprat, Anderson Nadai e Fu, Nei Freitas e Neinha, e Junior Alegria e Germano.
A premiação não era alta. Foi de R$ 2.000,00 para a dupla consagrada Iron Roper, e mais R$ 500,00 para o segundo lugar e outros R$ 500,00 para o terceiro. O mais legal, no entanto, foi participar desse formato inédito e sentir toda a emoção dessa disputa mata-mata. Para Manoel Teixeira Neto, que fez a locução da prova, foi um desafio. “Nunca tinha feito nada parecido antes e foi muito bacana. Procurei narrar como se tivesse em uma partida de futebol, uma final de Copa do Mundo, ou em uma luta de UFC (risos), colocando bastante adrenalina e também procurando explicar sempre o que cada dupla precisava fazer para passar de fase. Foi muito interessante”.
E os resultados finais ficaram assim: Alemão e Pescoço terminaram o evento como Iron Roper ao marcar 7s55 de média. O segundo lugar, com 47s43 de média foi para Leonardo e Cirilo, ficando Nei Freitas e Neinha em terceiro, com 83s43. Edson de Souza, o Sorriso, e André Nadai foram os organizadores e ainda estudam uma forma de fazer já uma segunda edição.
No mesmo final de semana, os laçadores se reuniram em uma prova aberta para o handcap 4 dentro do I Socorro Horse Festival, que contou também com provas de Breakaways Roping e Três Tambores, somando tudo em R$ 20 mil de premiação. A secretaria de provas ficou a cargo da MZ Eventos.
Fonte: https://cavalus.com.br/modalidades/team-roping/iron-roper-inovou-o-mundo-das-provas-de-laco
Por Luciana Omena
Foto: Ilustrativa