Ao longo dos séculos os cavalos têm sido transportados por basicamente os mesmos motivos: competições, reprodução ou comércio
É inevitável ter um cavalo sem ter que transportá-lo e isso pode gerar estresse. Mesmo para aqueles animais que são de fazenda, sem função de esporte, por exemplo, pode haver essa necessidade em algum momento, como um atendimento veterinário cirúrgico. Para animais destinados a competições, reprodução ou comércio, essa necessidade é maior.
Portanto, o transporte é necessário e faz parte da vida. Assim sendo, alguns equinos se adaptam bem ao transporte, outros podem mostrar sinais evidentes desconforto. O estresse gerado pelo transporte é uma resposta complexa, que envolve componentes múltiplos, a saber: físicos, patológicos ou ambientais.
Animais transportados por longos períodos podem perder até 6% do seu peso vivo devido ao suor e má alimentação. Além disso, a fadiga muscular ocorre devido à atividade muscular intensa para manter o equilíbrio.
Nestas condições ocorre um aumento do cortisol na circulação sanguínea que, além de ativar as respostas do organismo frente ao estresse, também leva a alterações na resposta imunológica.
Dessa forma, minimizar o estresse do transporte se torna importante. Animais nestas condições são mais suscetíveis a uma variedade de doenças, incluindo pneumonia, cólica, diarreia e laminite.
Ao mesmo tempo, o estresse do transporte pode alterar o metabolismo energético, o qual afeta diretamente a capacidade atlética do indivíduo, por exemplo, para a competição o qual está sendo deslocado.
Então, o que se pode fazer para minimizar o estresse?
- Ensinar ou treinar o cavalo para o carregamento / descarregamento. Este procedimento é o aspecto mais estressante de transporte.
- Escolher um meio de transporte adequado ao tamanho do animal. Cavalos que conseguem abaixar a cabeça durante a viagem chegam em melhores condições.
- Evitar alterações extremas de temperatura: o transporte noturno pode ser vantajoso em climas muito quentes, além do menor tráfego.
- Se optar por protetores de viagem, certifique-se que seu animal está adaptado a usá-los.
- Conferir ventilação adequada.
- Oferecer cama absorvente e piso não escorregadio durante toda a viagem.
- Oferecer água a cada três ou quatro horas.
- Recolher as fezes.
Com alguns cuidados básicos é possível amenizar o desconforto do animal e chegar em segurança.
Equinos transportados por longas distâncias devem chegar com cinco a seis dias de antecedência ao evento a fim de se recuperar.
E ainda, cumprir com as regras da federação em relação ao tempo de suspensão dos fármacos antes competição. Para não haver problemas com o exame antidoping.
Fonte: Departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal
Crédito da foto: Divulgação/The Horse
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