Nas últimas provas técnicas de Laço Cabeça e Pé oficializadas pela ABQM já tivemos a inserção do Derby, cerca de quatro anos atrás, que são os animais com cinco anos hípicos. Temos visto uma mudança significativa nos regulamentos da ABQM, associação está sempre muito atenta ao fomento e divulgação da raça.
Devido a ABQM ser uma entidade voltada ao fomento da raça Quarto de Milha, a valorização dos profissionais é muito maior do que no meio das provas cronometradas espalhadas por todo o Brasil. As provas cronometradas são realizadas por pessoas do ramo e sempre são regionais, sendo assim, diferentes da ABQM.
Os promotores realizam suas provas com as regras que mais se encaixam ao momento, ou até mesmo devido à quantidade de laçadores e seus devidos handcaps. Em um período muito curto, provas grandes e importantes do cenário nacional foram canceladas. Ainda, as provas da classe aberta, mesmo da somatória 11, não foram mais feitas. E isso fez com que os profissionais, as pessoas que se dedicam ao esporte e que fazem disso a sua profissão, ficassem praticamente sem provas por um período. E a ETR veio suprir essa lacuna.
Acredito eu que, todo esporte tem seus ídolos, tem as suas referências. Por isso, é importante manter as categorias dos profissionais. Não estou dizendo que deve-se fazer prova para tomarem prejuízo, mas de alguma forma, procurar incentivar o profissional. Acredito que o incentivo e a oportunidade de correr mais provas irão fazer com que esses profissionais possam aparecer mais. Dessa forma, consegue-se mais patrocínios, mais cursos, mais cavalos para treinar, enfim fomentar o nosso esporte, movimentando o mercado.
Hoje temos dois nomes conhecidíssimos no cenário mundial no Laço Individual e no Laço em Dupla, que são o Marcos Alan e o Juninho Testa. Devido à falta de oportunidade tiveram que deixar suas famílias, os amigos, enfim o conforto da terra natal para irem não só em busca do sonho, mas propriamente em busca de trabalho e reconhecimento.
Gostaria de deixar um pedido para que nos moldes da ABQM ou mesmo da USTRC e da World Series nos Estados Unidos, fossem criadas associações com regras e estatuto visando reverenciar os ídolos do Laço. Para que possam correr suas provas e não somente sejam valorizados quando estão apresentando seus animais em provas técnicas, que ainda são muito poucas.
Precisamos dar suporte aos novos profissionais que estão por vir e valorizar os que estão há anos nesta caminhada.
Boa sorte a todos e em 2019 nos encontramos nas pistas!