P: O que você faz para viver?
R: Minha família possui usinas de cana-de-açúcar, onde produzimos açúcar e também etanol combustível para carros. Sou o presidente da nossa empresa, Usina Alto Alegre, e trabalho para o conselho. Encontro-me com os parceiros e proprietários da empresa uma vez por mês. Meu irmão José é o CEO, e ele dirige a empresa.
P: Quanto seu trabalho permite que você lace?
A: Eu laço todos dias. Criamos cerca de 30 potros por ano, então eles me mantém ocupado.
P: Conte-nos mais sobre a conexão Joe B.
R: Fiz minha primeira viagem à América aos 14 anos. Voamos para Miami e fomos para a Disneyworld. Alguns anos depois, Joe montou uma escola de cordas em minha cidade natal, no Brasil, e eu ganhei o jackpot no final. Eu fui para uma segunda escola dele, e ele me disse que, se eu ganhasse o segundo jackpot, ele me daria um mês grátis de laço com ele em Huntsville. Foi isso que me fez laçar nos EUA pela primeira vez.
P: Com quem você se juntou nos rodeios dos EUA?
R: Eu lacei com outro brasileiro, Joe Sores, nos dois primeiros anos, depois Brett Fleming, de Montana, em 2002. No final de 2002, meu pai ficou doente. Então, vendi tudo o que tinha nos EUA e voltei para casa. Eu parei de laçar por 10 anos. Então, em 2012, comecei a exibir cavalos com Rafael Paoliello, que já estava aparecendo nos shows da AQHA (American Quarter Horse Association) no Brasil. Fiz do meu rancho um rancho para cavalos e desenvolvi um programa de criação e treinamento usando cavalos que trouxe para o Brasil dos EUA. Construí o programa com Rafael e JD Yates. Eles encontram bons cavalos jovens, treinam e mostram a eles. Eles são meus olhos, meus treinadores e meus amigos. Rafael é o JD brasileiro
P: Como você se envolveu com o JD?
R: Eu conheci JD no maior rodeio do Brasil em Barretos nos anos 90. Ele precisava de um parceiro no último dia do rodeio, então eu o deixei laçar no meu. Depois disso, eu sempre parava no lugar de Yates em Pueblo quando andava de rodeio nos EUA.
P: Conte-nos sobre alguns dos sucessos dos quais você mais se orgulha.
R: Tivemos algumas de nossas éguas que venceram campeonatos mundiais no World Show do ano passado. Weavers Playgem ganhou o título sênior de 2018 com Dustin Rogers, que trabalha para JD, montando-a. E JD montou o Shine Blue Brandy para o campeonato mundial júnior de 2018. Weavers Playgem também foi o cavalo de salto campeão mundial de 2016. Eu a montei por isso. Em 2014, montei meu garanhão Sr. Fritz Wood em campeonatos mundiais amadores no salto e no tie-down roping, e ganhei a reserva de amador durante todo o ano.
P: Compare a vida do rodeio com o mundo das exposições de cavalos.
A: Rodeo é para quando você é jovem e quer viajar muito. A exibição de cavalos é mais divertida. Chega de dirigir a noite toda para laçar um boi e você fica com seus amigos. Eu amo esses cavalos. Eu comprei o pai da égua que JD ganhou na categoria júnior no ano passado com Dean Tuftin há dois ou três anos – Shiners Lena Chex – e o trouxe de volta ao Brasil. Ele gerou seis campeões mundiais em cabeceamento, salto e cordas na panturrilha. Eu tenho enviado sêmen congelado para os EUA, porque ele é um bom produtor.
P: Com que frequência você vem aos Estados Unidos atualmente?
R: Normalmente, algumas vezes por ano para qualificar cavalos para o World Show, depois novamente para o World Show. Mas eu preciso fazer uma cirurgia no quadril em novembro, então não haverá um World Show para mim este ano.
P: Qual a diferença entre um bom cavalo de jackpot, um bom cavalo de rodeio e um bom cavalo de espetáculo?
R: No salto e na panturrilha, os bons são basicamente os mesmos e você pode ganhar com eles em qualquer lugar. Você pode rodeio em um cavalo de salto de show realmente bom. Os cavalos da cabeça se aproximam um pouco e se põem um pouco mais nas exposições de cavalos.
P: Qual é o tamanho do negócio da equipe no Brasil?
A: É enorme. Eu e Rafael abrimos uma empresa de cordas aqui no Brasil – Tomahawk Ropes – e vendemos quase 5.000 cordas por mês. Existem milhares de mantas aqui daqui a um ano. Eles são na maioria, cordas de número menor e poucas aberturas, como nos EUA.
P: Qual o tamanho do Junior Nogueira no Brasil?
R: Junior é um grande negócio, e seu pai (Lucinei) também era um cowboy famoso no Brasil. Eles são da mesma cidade que eu, e eu tenho trabalhado muito ao longo dos anos com Junior e seu pai. Junior e eu conversamos uma vez por semana – em português, é claro.
Fonte e texto original:
https://teamropingjournal.com/ropers-stories/roping-and-showing-brazilian-heeler-lincoln-figueiredo